Imagine uma situação onde você precisou deixar um pote de whey juntando poeira no armário até ele ultrapassar a data de validade. Contudo, agora a situação mudou e uma proteína em pó seria bem vinda na sua rotina, o que faz você pensar se tomar esse whey protein vencido faria mal.
Então, tomar whey protein faz mal? Se o whey protein não apresenta sinais de que está estragado, ele ainda pode ser usado com relativa segurança, mesmo ultrapassando a data de validade.
Proteínas em pó, como o whey, são alimentos de baixa umidade, o que significa que são menos propensos ao crescimento de bactérias. Portanto, se você deixou seu pote de whey longe da umidade e luz solar, ele pode ser consumido após sua data de validade na maioria das vezes.
Neste texto iremos mais a fundo nesta questão.
Qual é o prazo de validade REAL do whey protein?
Em laboratório é possível acelerar o processo de deterioração de um alimento para estimar sua validade.
No caso do whey, todos os estudos sobre o tema mostram que a proteína do soro do leite pode durar de 12 a 19 meses, sem estragar, se for armazenado longe da luz, do calor e umidade (em um pote bem fechado e dentro do seu armário).
Além disso, muitas empresas colocam aditivos que prolongam a vida útil do whey, o que torna muito difícil prever, usando números exatos, quantas semanas/meses o produto pode durar.
Ou seja, independente da data de validade expressa no rótulo, podemos dizer que um whey protein que foi armazenado corretamente pode durar ao menos 12-19 meses.
Mas ainda é cedo para sair tomando qualquer whey que ultrapassou o prazo de validade. Continue lendo.
Veja também: Qual é o melhor tipo de whey: concentrado, isolado ou hidrolisado?
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Como saber se um whey está estragado?
Como vimos acima, a data de validade expressa no rótulo nada mais é do que uma estimativa e sua real validade costuma ser outra.
Porém, mais importante de qualquer coisa, é saber se o produto está estragado ou não.
Por exemplo: você pode saber quanto tempo uma carne pode durar na geladeira e as vezes, apesar de não ser recomendado, pode até arriscar deixar a carne guardada um dia a mais.
Contudo, se a geladeira falhar, ou seja, o método de armazenamento for violado, tudo isso vai por água baixo.
O que vai importar, nesse exemplo, são outras coisas como a aparência da carne, o cheiro, etc…
O mesmo vale para o whey protein.
Veja também: Albumina ou whey protein: qual o melhor?
A primeira coisa a considerar é a aparência e o cheiro do pó.
Se o whey protein empedrar, isso é um sinal de que a umidade entrou e você deve descartar a proteína de soro de leite.
Repare que outros suplementos como creatina e pré-treino podem empedrar e isso não costuma ser um problema, pois estes produtos não costumam ter calorias e consequentemente eles não tem nutrientes que bactérias podem usar como comida.
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Por outro lado, quando o whey protein empedrar, é muito provável que bactérias já estejam presentes e você deverá descartá-lo.
Na dúvida, se você não sabe se o whey está empedrado ou é algo da sua própria fabricação, o cheiro ajuda bastante.
Qualquer mudança no cheiro em comparação ao aroma original, é um forte indicativo da presença de bactérias.
Resumindo: desde que a aparência e o cheiro estejam normais, você pode provar preparando e bebendo uma pequena quantidade. Se você notar algo incomum após o preparo, como cheiro desagradável ou gosto ruim, jogue fora. Se tudo estiver como deveria, fique à vontade para continuar usando o pó.
Conclusão
No caso do whey protein, ultrapassar a data de validade expressa do rótulo, não significa que o whey não possa ser usado.
Como o whey protein é armazenado, vai influenciar muito na sua REAL validade.
Mas se você deve tomar um whey protein vencido (ou não), vai depender principalmente se o produto mantém suas características originais, como consistência do pó e cheiro.
E não se esqueça de sempre deixar seus suplementos bem fechados, longe do calor e umidade.
Leia também: Tomar creatina vencida faz mal?
Ver bibliografia usada
- Rate of maillard browning in sweet whey powder. J Dairy Sci. 2005 May;88(5):1636-45. doi: 10.3168/jds.S0022-0302(05)72835-6.