Ir para conteúdo
Acessar app

Navegue melhor pelo fórum. Entenda.

Fórum Hipertrofia

Um aplicativo em tela cheia na sua tela inicial com notificações push, selos e muito mais.

Para instalar este aplicativo no iOS e iPadOS
  1. Toque no ícone Compartilhar no Safari
  2. Role o menu e toque em Adicionar à Tela de Início.
  3. Toque em Adicionar no canto superior direito.
Para instalar este aplicativo no Android
  1. Toque no menu de 3 pontos (⋮) no canto superior direito do navegador.
  2. Toque em Adicionar à tela inicial ou Instalar aplicativo.
  3. Confirme tocando em Instalar.

[Artigo] Mais volume é melhor para a hipertrofia, mas até que ponto?

Posts Recomendados

Postado
  • Este é um post popular.

DOSE-RESPOSTA DE VOLUME PARA HIPERTROFIA

A relação entre volume de treinamento e crescimento muscular é um dos temas mais debatidos quando se fala em otimização de resultados. Nos últimos anos, várias meta-análises tentaram quantificar esse efeito, mas a mais abrangente até o momento é a de Pelland et al. (2024), que reuniu dezenas de estudos e gerou o gráfico de dose-resposta teórico mostrado abaixo:

relationship between training volume and muscle growth

Esse gráfico apresenta uma tendência clara: conforme o número de séries semanais por grupo muscular aumenta, há um crescimento progressivo na taxa de hipertrofia — mas esse aumento não é infinito. Após certo ponto, o acréscimo de volume gera ganhos marginais cada vez menores, até que a curva se estabiliza.


LIMITAÇÕES DO CONJUNTO ORIGINAL DE ESTUDOS

Apesar da utilidade dessa meta-análise, há um detalhe importante: o banco de dados incluiu muitos estudos com indivíduos destreinados e intervalos de descanso curtos entre as séries.

Esses dois fatores distorcem a curva real para praticantes experientes:

  • Iniciantes respondem bem a praticamente qualquer volume, o que interfere nos dados de dose resposta;

  • Tempos de descanso muito curtos (< 2 min) reduzem a performance, exigindo mais séries para igualar o estímulo mecânico total.

Por isso, ao filtrar apenas estudos com sujeitos treinados e descanso ≥ 2 min, obtemos um panorama mais fiel à realidade da maioria dos praticantes intermediários e avançados, conforme dados abaixo:

9Hgy4Hk.png

Percebam que o conjunto de dados mudou bastante com essa filtragem e concentrou a maioria dos melhores resultados de hipertrofia em uma faixa mais central de volume, entre 10 e 20 sets semanais.


A CURVA EM “U” INVERTIDO

Partindo dos dados extraídos de Pelland et al 2024, incluindo apenas estudos em treinados e com tempos de descanso maiores ou iguais a 2 minutos, é possível enxergar o comportamento dose-resposta tipicamente teorizado, que se assemelha a um U invertido: existe uma zona onde o estímulo é ótimo, mas tanto abaixo (menos volume) quanto acima (mais volume) a resposta cai.

Abaixo a curva dose-resposta obtida:

Lge7K4D.png

A curva central representa a estimativa média, enquanto as curvas superior e inferior delimitam a faixa de variação provável — que reflete diferenças individuais de recuperação e contexto de treino, estresse, idade, sexo, etc.


Na prática, a maioria dos estudos em treinados sugere que:

  • O pico da curva ocorre entre 10 e 20 séries semanais por grupo muscular;

  • Abaixo de 6–8 séries o estímulo tende a ser subótimo;

  • Acima de 20–25 séries a tendência é de ganhos decrescentes e aumento no risco de acúmulo de fadiga.


INFLUÊNCIA DO NÍVEL DE ESFORÇO (RPE/RIR)

Esses estudos costumam utilizar alto nível de esforço, quase sempre indo até a falha. Portanto, as curvas apresentadas representam respostas para RPE 10 (nenhuma repetição em reserva) ou falha.

Ao utilizar níveis de esforço menores, as curvas deslocam-se para a direita, indicando a necessidade de maior volume para otimizar a resposta hipertrófica:

  • Com 1–2 repetições em reserva (RPE 8–9), estima-se que a curva mantenha formato semelhante, porém com o volume ótimo cerca de 10% maior.

  • Já com 4–5 repetições em reserva, é provável que o volume ótimo ao menos dobre, tornando o treino consideravelmente menos eficiente para hipertrofia.

Em resumo, quanto mais distante da falha, maior o volume necessário para compensar o menor nível de esforço — até um ponto em que o aumento de séries deixa de ser viável ou produtivo.

Mais detalhes sobre esse tema podem ser encontrados no tópico [Artigo] Como a distância da falha influencia o volume ótimo e como medir isso.


COMPARAÇÃO COM SCHOENFELD ET AL. (2017)

Essa mesma tendência já havia sido observada na meta-análise clássica de Schoenfeld et al. (2017), que mostrou ganhos marginais decrescentes à medida que o volume aumentava. Em outras palavras, mais volume ainda gera mais crescimento, mas a taxa de retorno cai rapidamente.

Or4SOS2.jpeg

Os resultados de Pelland et al. (2024), quando ajustados para sujeitos treinados, reproduzem quase exatamente esse mesmo padrão: maiores ganhos de hipertrofia adicionais ao aumentar o volume inicialmente e incrementos cada vez menores de hipertrofia à medida que se atinge volumes maiores.


A convergência entre as duas meta-análises reforça o modelo não linear da resposta hipertrófica ao volume — e a importância de respeitar o limite máximo recuperável individual.


IMPLICAÇÕES PRÁTICAS

  • O volume ótimo tende a ficar em uma faixa intermediária, que maximiza o estímulo sem comprometer a recuperação.

  • Mais volume só é útil enquanto houver capacidade de recuperação suficiente.

  • O ponto de saturação depende de fatores como intensidade relativa, proximidade da falha, sono, estresse e histórico de treino.

  • O objetivo deve ser encontrar o pico da curva em U, e não empurrar o volume indefinidamente.

Em resumo: a relação entre volume e hipertrofia não é linear, é uma curva de eficiência. Aumentar séries funciona até certo ponto; depois disso, o custo fisiológico supera o benefício adaptativo.


CONCLUSÃO

A análise dos dados filtrados de Pelland et al. (2024) indica que, para indivíduos treinados e com intervalos de descanso adequados, o crescimento muscular segue uma curva de dose-resposta em U invertido, com platô entre 10 e 20 séries semanais por grupo muscular.

Essa evidência está em plena concordância com os achados de Schoenfeld et al. (2017) e reforça a noção de que a quantidade ideal de volume depende do equilíbrio entre estímulo e recuperação, e não apenas da soma de séries executadas.


REFERÊNCIAS

  • Pelland, L., et al. (2024). Training Volume and Muscle Hypertrophy: A Meta-Analysis Examining the Dose-Response Relationship in Resistance-Trained Individuals. Sports Medicine, 54(2), 215–234.

  • Schoenfeld, B. J., Ogborn, D., Krieger, J. W. (2017). Dose-Response Relationship Between Weekly Resistance Training Volume and Increases in Muscle Mass: A Systematic Review and Meta-Analysis. Journal of Sports Sciences, 35(11), 1073–1082.

Melhores marcas:

Agachamento 3x160kg@10 (~174kg) Snatch 90kg Supino reto 140kg
Terra 3x180kg@8 (~209kg) C&J 114kg Desenvolvimento 90kg
Barra fixa 5x126kg(+34kg)@8,5 (~152kg) Clean 120kg/Jerk 120kg Push press 120kg

Links:

Tópicos que eu criei           

[Diário] Máximas diárias de agachamento e supino

@notsoheavylifts

#teamcontrolfreak

Postado
Em 12/10/2025 em 15:02, Lucas disse:

DOSE-RESPOSTA DE VOLUME PARA HIPERTROFIA

A relação entre volume de treinamento e crescimento muscular é um dos temas mais debatidos quando se fala em otimização de resultados. Nos últimos anos, várias meta-análises tentaram quantificar esse efeito, mas a mais abrangente até o momento é a de Pelland et al. (2024), que reuniu dezenas de estudos e gerou o gráfico de dose-resposta teórico mostrado abaixo:

relationship between training volume and muscle growth

Esse gráfico apresenta uma tendência clara: conforme o número de séries semanais por grupo muscular aumenta, há um crescimento progressivo na taxa de hipertrofia — mas esse aumento não é infinito. Após certo ponto, o acréscimo de volume gera ganhos marginais cada vez menores, até que a curva se estabiliza.


LIMITAÇÕES DO CONJUNTO ORIGINAL DE ESTUDOS

Apesar da utilidade dessa meta-análise, há um detalhe importante: o banco de dados inclui muitos estudos com indivíduos destreinados e intervalos de descanso curtos entre as séries.

Esses dois fatores distorcem a curva real para praticantes experientes:

  • Iniciantes têm resposta hipertrófica desproporcional, o que eleva artificialmente os ganhos com volumes baixos.

  • Tempos de descanso muito curtos (< 2 min) reduzem a performance, exigindo mais séries para igualar o estímulo mecânico total.

Por isso, ao filtrar apenas estudos com sujeitos treinados e descanso ≥ 2 min, obtemos um panorama mais fiel à realidade da maioria dos praticantes intermediários e avançados, conforme dados abaixo:

9Hgy4Hk.png

Percebam que o conjunto de dados mudou bastante com essa filtragem e concentrou a maioria dos melhores resultados de hipertrofia em uma faixa mais central de volume, entre 10 e 20 sets semanais.


A CURVA EM “U” INVERTIDO

Partindo dos dados extraídos de Pelland et al 2024 incluindo apenas estudos em treinados e com tempos de descanso maiores ou iguais a 2 minutos é possível enxergar o comportamento dose-resposta teorizado, que se assemelha a um U invertido: existe uma zona onde o estímulo é ótimo, mas tanto abaixo (menos volume) quanto acima (mais volume) a resposta cai.

Abaixo a curva dose-resposta teorizada:

Lge7K4D.png

A curva central representa a estimativa média, enquanto as curvas superior e inferior delimitam a faixa de variação provável — que reflete diferenças individuais de recuperação e contexto de treino, estresse, idade, sexto, etc.


Na prática, a maioria dos estudos em treinados sugere que:

  • O pico da curva ocorre entre 10 e 20 séries semanais por grupo muscular;

  • Abaixo de 6–8 séries o estímulo deve ser subótimo;

  • Acima de 20–25 séries a tendência é de ganhos decrescentes e aumento no risco de acúmulo de fadiga.


INFLUÊNCIA DO NÍVEL DE ESFORÇO (RPE/RIR)

Esses estudos costumam utilizar alto nível de esforço, quase sempre indo até a falha. Portanto, as curvas apresentadas representam respostas para RPE 10 (nenhuma repetição em reserva).

Ao utilizar níveis de esforço menores, as curvas deslocam-se para a direita, indicando a necessidade de maior volume para otimizar a resposta hipertrófica:

  • Com 1–2 repetições em reserva (RPE 8–9), estima-se que a curva mantenha formato semelhante, porém com o volume ótimo cerca de 10% maior.

  • Já com 4–5 repetições em reserva, é provável que o volume ótimo ao menos dobre, tornando o treino consideravelmente menos eficiente para hipertrofia.

Em resumo, quanto mais distante da falha, maior o volume necessário para compensar a menor intensidade de esforço — até um ponto em que o aumento de séries deixa de ser viável ou produtivo.


COMPARAÇÃO COM SCHOENFELD ET AL. (2017)

Essa mesma tendência já havia sido observada na meta-análise clássica de Schoenfeld et al. (2017), que mostrou ganhos marginais decrescentes à medida que o volume aumentava. Em outras palavras, mais volume ainda gera mais crescimento, mas a taxa de retorno cai rapidamente.

Or4SOS2.jpeg

Os resultados de Pelland et al. (2024), quando ajustados para sujeitos treinados, reproduzem quase exatamente esse mesmo padrão: maiores ganhos de hipertrofia adicionais ao aumentar o volume inicialmente e incrementos cada vez menores de hipertrofia à medida que se atinge volumes maiores.


A convergência entre as duas meta-análises reforça o modelo não linear da resposta hipertrófica ao volume — e a importância de respeitar o limite máximo recuperável individual.


IMPLICAÇÕES PRÁTICAS

  • O volume ótimo tende a ficar em uma faixa intermediária, que maximiza o estímulo sem comprometer a recuperação.

  • Mais volume só é útil enquanto houver capacidade de recuperação suficiente.

  • O ponto de saturação depende de fatores como intensidade relativa, proximidade da falha, sono, estresse e histórico de treino.

  • O objetivo deve ser encontrar o pico da curva em U, e não empurrar o volume indefinidamente.

Em resumo: a relação entre volume e hipertrofia não é linear, é uma curva de eficiência. Aumentar séries funciona até certo ponto; depois disso, o custo fisiológico supera o benefício adaptativo.


CONCLUSÃO

A análise dos dados filtrados de Pelland et al. (2024) indica que, para indivíduos treinados e com intervalos de descanso adequados, o crescimento muscular segue uma curva de dose-resposta em U invertido, com platô entre 10 e 20 séries semanais por grupo muscular.

Essa evidência está em plena concordância com os achados de Schoenfeld et al. (2017) e reforça a noção de que a quantidade ideal de volume depende do equilíbrio entre estímulo e recuperação, e não apenas da soma de séries executadas.


REFERÊNCIAS

  • Pelland, L., et al. (2024). Training Volume and Muscle Hypertrophy: A Meta-Analysis Examining the Dose-Response Relationship in Resistance-Trained Individuals. Sports Medicine, 54(2), 215–234.

  • Schoenfeld, B. J., Ogborn, D., Krieger, J. W. (2017). Dose-Response Relationship Between Weekly Resistance Training Volume and Increases in Muscle Mass: A Systematic Review and Meta-Analysis. Journal of Sports Sciences, 35(11), 1073–1082.

Esse artigo tá insano, parabéns!

Postado
Em 12/10/2025 em 15:02, Lucas disse:

DOSE-RESPOSTA DE VOLUME PARA HIPERTROFIA

A relação entre volume de treinamento e crescimento muscular é um dos temas mais debatidos quando se fala em otimização de resultados. Nos últimos anos, várias meta-análises tentaram quantificar esse efeito, mas a mais abrangente até o momento é a de Pelland et al. (2024), que reuniu dezenas de estudos e gerou o gráfico de dose-resposta teórico mostrado abaixo:

relationship between training volume and muscle growth

Esse gráfico apresenta uma tendência clara: conforme o número de séries semanais por grupo muscular aumenta, há um crescimento progressivo na taxa de hipertrofia — mas esse aumento não é infinito. Após certo ponto, o acréscimo de volume gera ganhos marginais cada vez menores, até que a curva se estabiliza.


LIMITAÇÕES DO CONJUNTO ORIGINAL DE ESTUDOS

Apesar da utilidade dessa meta-análise, há um detalhe importante: o banco de dados inclui muitos estudos com indivíduos destreinados e intervalos de descanso curtos entre as séries.

Esses dois fatores distorcem a curva real para praticantes experientes:

  • Iniciantes têm resposta hipertrófica desproporcional, o que eleva artificialmente os ganhos com volumes baixos.

  • Tempos de descanso muito curtos (< 2 min) reduzem a performance, exigindo mais séries para igualar o estímulo mecânico total.

Por isso, ao filtrar apenas estudos com sujeitos treinados e descanso ≥ 2 min, obtemos um panorama mais fiel à realidade da maioria dos praticantes intermediários e avançados, conforme dados abaixo:

9Hgy4Hk.png

Percebam que o conjunto de dados mudou bastante com essa filtragem e concentrou a maioria dos melhores resultados de hipertrofia em uma faixa mais central de volume, entre 10 e 20 sets semanais.


A CURVA EM “U” INVERTIDO

Partindo dos dados extraídos de Pelland et al 2024, incluindo apenas estudos em treinados e com tempos de descanso maiores ou iguais a 2 minutos, é possível enxergar o comportamento dose-resposta tipicamente teorizado, que se assemelha a um U invertido: existe uma zona onde o estímulo é ótimo, mas tanto abaixo (menos volume) quanto acima (mais volume) a resposta cai.

Abaixo a curva dose-resposta obtida:

Lge7K4D.png

A curva central representa a estimativa média, enquanto as curvas superior e inferior delimitam a faixa de variação provável — que reflete diferenças individuais de recuperação e contexto de treino, estresse, idade, sexto, etc.


Na prática, a maioria dos estudos em treinados sugere que:

  • O pico da curva ocorre entre 10 e 20 séries semanais por grupo muscular;

  • Abaixo de 6–8 séries o estímulo tende a ser subótimo;

  • Acima de 20–25 séries a tendência é de ganhos decrescentes e aumento no risco de acúmulo de fadiga.


INFLUÊNCIA DO NÍVEL DE ESFORÇO (RPE/RIR)

Esses estudos costumam utilizar alto nível de esforço, quase sempre indo até a falha. Portanto, as curvas apresentadas representam respostas para RPE 10 (nenhuma repetição em reserva).

Ao utilizar níveis de esforço menores, as curvas deslocam-se para a direita, indicando a necessidade de maior volume para otimizar a resposta hipertrófica:

  • Com 1–2 repetições em reserva (RPE 8–9), estima-se que a curva mantenha formato semelhante, porém com o volume ótimo cerca de 10% maior.

  • Já com 4–5 repetições em reserva, é provável que o volume ótimo ao menos dobre, tornando o treino consideravelmente menos eficiente para hipertrofia.

Em resumo, quanto mais distante da falha, maior o volume necessário para compensar o menor nível de esforço — até um ponto em que o aumento de séries deixa de ser viável ou produtivo.


COMPARAÇÃO COM SCHOENFELD ET AL. (2017)

Essa mesma tendência já havia sido observada na meta-análise clássica de Schoenfeld et al. (2017), que mostrou ganhos marginais decrescentes à medida que o volume aumentava. Em outras palavras, mais volume ainda gera mais crescimento, mas a taxa de retorno cai rapidamente.

Or4SOS2.jpeg

Os resultados de Pelland et al. (2024), quando ajustados para sujeitos treinados, reproduzem quase exatamente esse mesmo padrão: maiores ganhos de hipertrofia adicionais ao aumentar o volume inicialmente e incrementos cada vez menores de hipertrofia à medida que se atinge volumes maiores.


A convergência entre as duas meta-análises reforça o modelo não linear da resposta hipertrófica ao volume — e a importância de respeitar o limite máximo recuperável individual.


IMPLICAÇÕES PRÁTICAS

  • O volume ótimo tende a ficar em uma faixa intermediária, que maximiza o estímulo sem comprometer a recuperação.

  • Mais volume só é útil enquanto houver capacidade de recuperação suficiente.

  • O ponto de saturação depende de fatores como intensidade relativa, proximidade da falha, sono, estresse e histórico de treino.

  • O objetivo deve ser encontrar o pico da curva em U, e não empurrar o volume indefinidamente.

Em resumo: a relação entre volume e hipertrofia não é linear, é uma curva de eficiência. Aumentar séries funciona até certo ponto; depois disso, o custo fisiológico supera o benefício adaptativo.


CONCLUSÃO

A análise dos dados filtrados de Pelland et al. (2024) indica que, para indivíduos treinados e com intervalos de descanso adequados, o crescimento muscular segue uma curva de dose-resposta em U invertido, com platô entre 10 e 20 séries semanais por grupo muscular.

Essa evidência está em plena concordância com os achados de Schoenfeld et al. (2017) e reforça a noção de que a quantidade ideal de volume depende do equilíbrio entre estímulo e recuperação, e não apenas da soma de séries executadas.


REFERÊNCIAS

  • Pelland, L., et al. (2024). Training Volume and Muscle Hypertrophy: A Meta-Analysis Examining the Dose-Response Relationship in Resistance-Trained Individuals. Sports Medicine, 54(2), 215–234.

  • Schoenfeld, B. J., Ogborn, D., Krieger, J. W. (2017). Dose-Response Relationship Between Weekly Resistance Training Volume and Increases in Muscle Mass: A Systematic Review and Meta-Analysis. Journal of Sports Sciences, 35(11), 1073–1082.

Muito foda! Valeu pelo tempo pra explicar todos esses detalhes.

Postado

Voto com os relatores. Por sinal, praticamente fecha (por enquanto) com chave de ouro a série de tópicos "volume ótimo". Deve já ser o 6.0 ou algo assim.

Minhas evoluções, "desevoluções" e patacoadas variadas - todos os erros possíveis, mas agora vai: https://drive.google.com/drive/folders/1BBWkpug3G0FllCrBLRvMfdRuZiyF6Qbq?usp=drive_link 

 

Criei um diário: Diário “Agora Vai”! - Dessa vez eu não desisto - Diário de Treino - Fórum Hipertrofia

 

Dica de vídeo bom pra iniciante: 10 Years of Muscle Building Advice in 23 Minutes

 

Postado
  • Autor
Em 12/10/2025 em 22:05, vitoriacampeao2 disse:

Voto com os relatores. Por sinal, praticamente fecha (por enquanto) com chave de ouro a série de tópicos "volume ótimo". Deve já ser o 6.0 ou algo assim.

To pensando em escrever um especifico sobre a correlação entre nível de esforço e RPE (o 5.0 tem algo um pouco mais raso) e de onde saíram os números de equivalência que eu uso (tem um estudo sobre isso). Vou tirar o trecho do ebook sobre esse tema e postar aqui.

Melhores marcas:

Agachamento 3x160kg@10 (~174kg) Snatch 90kg Supino reto 140kg
Terra 3x180kg@8 (~209kg) C&J 114kg Desenvolvimento 90kg
Barra fixa 5x126kg(+34kg)@8,5 (~152kg) Clean 120kg/Jerk 120kg Push press 120kg

Links:

Tópicos que eu criei           

[Diário] Máximas diárias de agachamento e supino

@notsoheavylifts

#teamcontrolfreak

Postado

Em 12/10/2025 em 15:02, Lucas disse:

Com 1–2 repetições em reserva (RPE 8–9), estima-se que a curva mantenha formato semelhante, porém com o volume ótimo cerca de 10% maior.

Excelente artigo.. Eu tava fazendo menos de 10 séries na semana, porém estava indo ao limite em praticamente todas as séries. É o treino da moda, tem que ficar brigando em toda ultima repetição. Faz uns dias que testei deixar alguma séries com reps na reserva, senti que a progressão melhorou e que da pra aumentar o volume um pouco mesmo.

Postado
  • Autor

Sobre nível de esforço x volume:

Melhores marcas:

Agachamento 3x160kg@10 (~174kg) Snatch 90kg Supino reto 140kg
Terra 3x180kg@8 (~209kg) C&J 114kg Desenvolvimento 90kg
Barra fixa 5x126kg(+34kg)@8,5 (~152kg) Clean 120kg/Jerk 120kg Push press 120kg

Links:

Tópicos que eu criei           

[Diário] Máximas diárias de agachamento e supino

@notsoheavylifts

#teamcontrolfreak

Crie uma conta ou entre para comentar

Quem Está Navegando 0

  • Nenhum usuário registrado visualizando esta página.

Configurar notificações do navegador

Chrome (Android)
  1. Toque no ícone de cadeado ao lado da barra de endereços.
  2. Toque em Permissões → Notificações.
  3. Ajuste sua preferência.
Chrome (Desktop)
  1. Clique no ícone de cadeado na barra de endereços.
  2. Selecione Configurações do site.
  3. Encontre Notificações e ajuste sua preferência.