O Lipostabil é popularmente conhecido como a injeção que queima gordura, por agir diretamente no local onde foi usado. Em outras palavras, o remédio é usado para queimar gordura localizada.
Este é um guia transparente e direto ao ponto sobre como a substância funciona, seus benefícios, efeitos colaterais e respostas às dúvidas mais comuns.
Aviso: Este conteúdo tem finalidade meramente informativa. As informações do texto não substituem, em hipótese alguma, a avaliação, o diagnóstico ou o tratamento indicado por um profissional de saúde qualificado.
O que é e para que serve Lipostabil?
O Lipostabil é o nome comercial de um remédio injetável que possui múltiplos usos na medicina, mas ficou conhecido principalmente por eliminar gordura localizada.
Seu principal componente ativo é a fosfatidilcolina, uma lipoproteína encontrada na membrana celular de todos os seres vivos.
Sua principal função é auxiliar no funcionamento da membrana, principalmente no transporte de moléculas para dentro e fora dela, o que também inclui mover moléculas de gordura para fora das células, tornando-as disponíveis para o organismo usá-las para outras coisas, como fonte de energia.
Em termos simples, quando usado em forma de injeção, em tese, o Lipostabil é capaz de “dissolver” a gordura do local onde foi usado, facilitando a eliminação da mesma pelo organismo.
Devido a essa característica, o Lipostabil passou a ser utilizado como “ferramenta” estética, através de injeções aplicadas diretamente em locais que haviam um maior acúmulo de gordura, principalmente em locais problemáticos, como o abdômen.
Contudo, por falta de estudos sobre a eficácia e segurança da droga para esse fim, ela teve sua venda suspensa no Brasil, o que não diminuiu sua popularidade. A substância continua sendo usada e obtida de formas não convencionais.
Lipostabil funciona para queimar gordura localizada?
Apesar da sua proibição no Brasil (e em outros países), a maioria dos estudos sobre o Lipostabil — a fosfatidilcolina — mostra que o uso localizado através de injeções é capaz de queimar gordura localizada.
Por exemplo, um estudo de 2025 (1), envolvendo 86 pacientes, testou injeções localizadas de fosfatidilcolina, o que resultou em uma redução média de 2,7 cm na circunferência das áreas tratadas por aplicação.
Outro estudo de 2013 (2) demonstrou que injeções de fosfatidilcolina combinadas com deoxiclato de sódio (outra substância com função similar ao Lipostabil) foram capazes de reduzir o volume e a espessura da gordura abdominal dos envolvidos.
Vários estudos sobre o tema mostram resultados semelhantes.
No entanto, é válido ressaltar que finalidade comprovada, eficiência e segurança são coisas distintas. A literatura não deixa claro — sem sombra de dúvidas — qual a relação entre benefício e risco do uso da substância.
Como o Lipostabil é (era) ser usado
A aplicação do Lipostabil é realizada usando uma agulha muito fina diretamente nas regiões onde se deseja reduzir o acúmulo de gordura.
As injeções costumam ser administradas mantendo um espaçamento de aproximadamente de alguns centímetros (geralmente dois centímetros) entre os pontos de aplicação, mas não há regras ou padronização oficial para isso.
Normalmente, é usado o conteúdo de uma ampola por sessão, distribuído em múltiplas aplicações pela área a ser tratada.
Dado que uma única sessão geralmente não apresentará resultados expressivos, o “tratamento” (por assim dizer) é realizado em múltiplas sessões, com intervalos de semanas entre cada uma delas.
Isso significa que os resultados poderão demorar mais de 30 dias para surgir.
Efeitos colaterais
Os efeitos colaterais mais comuns do Lipostabil ocorrem diretamente no local da injeção, como surgimento de dor, inchaço, vermelhidão, coceira, sensibilidade aumentada, hematomas e a formação de nódulos endurecidos após as aplicações.
Além das reações locais, há efeitos colaterais mais sérios (porém mais raros) do uso da substância, como abscessos, infecções, necrose tecidual, reações alérgicas e mudanças na cor da pele.
Contudo, não há informações concretas sobre os efeitos colaterais serem causados diretamente pela substância ou pela forma de uso.
No Brasil, por exemplo, não havia posologia oficial do medicamento para fins estéticos e seu uso era praticamente irregular; cada clínica poderia adotar um jeito diferente para usar Lipostabil e não havia um controle rigoroso.
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