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Tudo Sobre Gorduras E Óleos


Ruan.90

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A obesidade e doenças relacionadas a ela como níveis elevados de colesterol, problemas cardíacos, diabetes, entre outros tem sido considerada o mal do século. Desde os anos 70 as autoridades de saúde americanas vinham alertando a população sobre os riscos de se consumir grandes quantidades de gordura.

Foi feita a pirâmide alimentar, que é seguida por muitos desavisados até hoje. A pirâmide alimentar pregava que deveríamos consumir grandes quantidades de carboidratos e pouquíssima gordura. Nesse meio tempo os produtos sem gordura começaram a pipocar nas prateleiras, consumir esses produtos pode ter sido nosso maior erro.

Desde que a onde Fat-Free começou nos EUA, a obesidade se instalou e virou uma realidade na vida da maioria das pessoas em praticamente todos os paises do mundo ocidental. Mesmo a gordura sendo discriminada e evitada, as pessoas continuavam a engordar.

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A relação entre carboidratos e acumulo excessivo de gordura corporal

Depois de anos de estudos sabemos que a verdadeira causa dessa epidemia de obesidade no mundo é o carboidrato, mais precisamente os refinados como farinha branca e açúcar.

Sempre que ingerimos qualquer carboidrato, nosso organismo libera o hormônio insulina através do pâncreas. A insulina é produzida nas ilhotas de langerhans no pâncreas, por isso seu nome "Insulina".

A principal função da insulina é levar glicose, aminoácidos e ácidos graxos (gordura) da corrente sanguinea para dentro das células. Porém existe outra função da insulina que muito poucos conhecem. Dentro das células adiposas, as moléculas de gordura devem ser quebradas em ácidos graxos antes de partirem para a corrente sanguinea. Esse processo de quebra da molécula de gordura é chamado lipólise. Após essa etapa a gordura vai para a corrente sanguinea e fica disponível para ser queimada como energia.

O processo de lipólise é influenciado por alguns fatores, um deles é a insulina e outro os beta-agonistas. Na presença dos beta-agonistas (efedrina, clembuterol etc) a lipólise ocorre de forma mais rápida e na presença de insulina a lipólise sofre uma diminuição brusca e aguda. Portanto na época que você estiver tentando dar aquela secada, se houver a presença de grandes quantidades de insulina no sangue, a quebra da gordura vai praticamente a zero. E quando você estiver comendo para ganhar massa, quanto mais insulina houver na corrente sanguinea, mais gordura será armazenada.

Não preciso nem dizer que é vital para qualquer ser humano que se preocupe com sua saúde evitar a todo custo grandes liberações de insulina de uma só vez.

O que a gordura tem a ver com isso?

Existem duas maneiras de fazer com que a liberação de insulina seja mais linear e não em picos. Uma delas é consumir fibras durante as refeições na forma de vegetais como brócolis, couve-flor etc a outra maneira é consumir gordura.

Tanto as fibras quanto a gordura vão agir da mesma forma, elas irão atrasar a digestão e aumentar o tempo necessário para a absorção dos nutrientes.

Já há algum tempo venho mostrando os benefícios de se fazer uma dieta com menos carboidratos e mais gorduras. Dessa forma podemos consumir um pouco mais de calorias na fase de queima de gordura sem prejuízos e conseguimos ingerir uma maior quantidade de calorias na fase de ganho de massa. Tudo isso sem prejudicar os objetivos de cada fase. Só é preciso ressaltar e reforçar que as gorduras utilizadas nesse tipo de dieta são apenas as gorduras boas, monoinsaturadas e poliinsaturadas.

A base da dieta que eu vinha demonstrando era consumir quantidade alta de proteína e gorduras boas (principalmente monoinsaturadas) e zero carbo na fase definição. Em off eu proponho alta proteína, alta gordura boa e media ingestão de carboidratos. Dessa forma maximizamos a redução de gordura e ganho de massa muscular.

Tive a feliz surpresa de ler um livro indicado por um colega de treinos, "Dieta dos Hamptons" de Fred Pescatore. Ele é um medico americano que já escreveu alguns livros e adota essa filosofia de um consumo maior de gorduras boas e bem menos carboidratos.

Dr Pescatore fala da importância do consumo de gorduras monoinsaturadas que são encontradas em castanhas, azeite de oliva extra-virgem e principalmente no óleo de macadamia. A macadamia é uma noz nativa da Austrália mas hoje já é encontrada em varias partes do planeta, inclusive no Brasil.

Os carboidratos são o grupo alimentar que fazem nosso organismo liberar a maior quantidade de insulina. As proteínas liberam em uma menor quantidade em média e as gorduras não liberam praticamente nada de insulina. Concluímos então que quando diminuímos a ingestão de carboidratos e aumentamos o consumo de gorduras boas, a liberação de insulina pelo organismo é diminuída fortemente.

Conheçam um dos alimentos mais importantes:

As gorduras se dividem em dois grupos principais: as saturadas e as insaturadas. As saturadas são maléficas ao organismo causando problemas de coração e acumulo do gordura. São as vilãs da historia e estão presentes no leite integral e carne vermelha principalmente.

As gorduras insaturadas, que podem ser classificadas em monoinsaturadas e poliinsaturadas, são as gorduras boas. Que reduzem os níveis de colesterol e inflamação. Elas são benéficas à saúde e devem sempre ser consumidas.

Fica bem claro aqui que devemos consumir praticamente só gorduras insaturadas para termos uma boa saúde e que as saturadas são inimigas mortais e devem ser evitadas a todo custo.

Acontece que todo tipo de óleo, gordura, tem um ponto de queima. Isto quer dizer que quando submetida a determinada temperatura a gordura insaturada se torna saturada. Alguns óleos se estragam em temperaturas maiores, outros em temperaturas menores. O óleo de macadamia é o óleo que contém a maior quantidade de gordura monoinsaturada (mais até mesmo que o azeite de oliva) e também é o óleo com o maior ponto de queima. Portanto ele é muito indicado para cozinhar, pois nunca vai se tornar uma gordura ruim e maléfica para o coração. O único ponto negativo sobre o óleo de macadamia é o preço, a média oscila entre R$25,00 e R$30,00 o vidro com 250ml de óleo.

O óleo de macadamia é a maior fonte de gorduras monoinsaturadas (omega-9) e o único óleo com o qual podemos cozinhar com segurança para o coração. Por isso é considerado hoje um dos melhores alimentos para ser consumido.

Voltando ao ponto de queima, mesmo quando for comprar um azeite, escolha o extra-virgem, que foi apenas prensado a frio. Isso mantém a qualidade da gordura.

Existem algumas maneiras diferentes de extrair o óleo das nozes castanhas etc. O mais saudável é a prensagem a frio, onde se prensa o alimento e o óleo simplesmente sai. O rendimento desse método é pequeno, por isso o azeite extra-virgem e outros óleos similares são tão caros. Para se ter idéia, são necessárias cerca de 2000 azeitonas para se extrair um litro de azeite extra-virgem, por isso esse tipo de óleo é tão caro.

Outro processo é o de prensagem a quente, onde se aquece a oliva no caso, deixando seu óleo menos viscoso e facilitando a extração. Esse processo aquece o óleo e traz prejuízos a sua composição, fazendo com que ele não traga benéfico algum à saúde.

Ainda temo o processo de aquecimento, onde o produto de onde será extraído o óleo é "cozinhado" até soltar o óleo. Fora isso temos processos químicos de extração, onde se refina o óleo para que seu sabor a aparência fiquem mais agradáveis. Essa a maneira mais comum de se extrair óleo de milho, girassol e soja, os mais consumidos por nós no Brasil.

Óleo de canola, o maior vilão dos óleos

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O Dr Fred Pescatore ainda surpreendo dizendo que o óleo de canola é o maior vilão, só perdendo para a margarina.

Se formos analisar o perfil do óleo de canola, poderíamos dizer que ele é muito bom. Ele tem 10% de omega-3 , 54% de omega 9 (as gorduras monoinsaturadas) e apenas 12% de gordura saturada. Por isso é tido como uma das opções mais saudáveis de óleos comestíveis praticamente no mundo todo. Acontece que o óleo de canola é extraído da semente de colza, da família da mostarda. Segundo o Dr Pescatore, a maneira como ele é extraído é que o torna um dos alimentos mais deletérios para o consumo humano.

O óleo é extraído por prensagem mecânica, em alta temperatura e com solventes químicos. Depois disso é refinado, alvejado, nessa hora uma espessa camada de goma é formada no interior do óleo. Então ele é submetido a mais um processo químico para a que a goma vá para a superfície do óleo e seja retirada. Por isso devemos evitar a qualquer custo o consumo do óleo de canola, supreendentemente o mais nocivo para nós.

Dr Fred Pescatore surpreende em alguns momentos pela seu extremismo e radicalismo. Ele prega que os alimentos devam ser naturais e tudo oque é industrializado é deletério à saúde. Ele propõe em um certo momento que o leitor para a leitura imediatamente e que vão até a cozinha jogar todos os alimentos industrializados fora. Concordo com ele, que deveríamos consumir apenas alimentos frescos, naturais, pois estes não contem conservantes, aromatizantes etc mas seria uma tarefa praticamente impossível hoje consumir apenas alimentos naturais e orgânicos. Primeiro que não podemos encontrar uma variedade grande de produtos orgânicos fora dos grandes centros, segundo que essa pratica seria economicamente inviável para 99% das pessoas.

Finalizando, tentem consumir uma quantidade maior de gorduras saudáveis na forma de azeite de oliva, óleo de macadamia, amêndoas, castanhas etc. Essa atitude vai lhe trazer benefícios para a saúde e com certeza para o físico também.

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Fonte: http://uberdengeist.forumeiros.com/

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Boa... ehhh realmente seria o ideal consumir sempre produtos nao industrializados... mas como no proprio texto foi dito, isso eh inviavel para 99% das pessoas, seja por questoes financeiras, ou ate mesmo de tempo e praticidade...

preciso dar uma pesquisada melhor sobre oq foi citado ali, a cerca da temperatura q a gordura boa se torna ruim, as vezes pode nao esatr vallendo a pena pagar 15 reais em 500ml dum azeite q num presta =/

mas ainda esta fora das minahs posses pagar 30 reais na tal da madamia =O

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