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Matéria interessante, em especial aos iniciantes na suplementação, que mostra a importância de se calcular os nutrientes dos alimentos para depois corrigirmos a falta destes com suplementação.

Boa leitura,

Grillo

Quando a seleção de alimentos em uma dieta é limitada, a suplementação de nutrientes pode ser útil para se alcançar as Doses Diárias Recomendadas (as chamadas RDA). Exemplos incluem suplementação de vitamina B12 para vegetarianos que eliminam todos os produtos animais da dieta; ácido fólico, ferro e cálcio para mulheres grávidas; mulheres que possuem fluxo aumentado durante a menstruação podem precisar de ferro adicional; vitamina D para aqueles com baixa ingestão de leite e pouca exposição aos raios solares; e um suplemento multivitamínico e mineral para aqueles que seguem dietas para redução de peso severas. A suplementação terapêutica é indicada para tratar ou prevenir deficiências de nutrientes em uma variedade de situações clínicas específicas.

Uma variedade de pessoas podem precisar de suplementação vitamínica e mineral. No entanto, pesquisas têm mostrado que as pessoas que mais tomam suplementos são aquelas que já têm dietas adequadas. A Associação Dietética Americana (ADA) afirma que a melhor estratégia nutricional para promover a saúde e reduzir o risco de doença crônica é a obtenção de nutrientes através de uma variedade de alimentos. A suplementação vitamínica/mineral deve ser bem analisada e mostrar evidências científicas de segurança e efetividade.

A ADA afirma ainda que, embora os suplementos de nutrientes não devam ser usados como substituto de uma dieta saudável, algumas evidências sugerem que usuários de suplementos consomem menos nutrientes provenientes de alimentos do que aqueles que não usam suplementos. E além disso, em determinados casos, a suplementação de nutrientes pode causar um desequilíbrio ocasionando toxicidade ao organismo. Muitos problemas associados com altas doses de um único nutriente pode refletir interações que resultam em deficiência relativa de outro nutriente.

Por exemplo, altas doses de Vitamina E pode interferir na ação da vitamina K e aumentar o efeito de drogas anticoagulantes, o que pode causar hemorragia. Altas doses de cálcio inibem a absorção de ferro e, possivelmente, outros elementos traços (minerais). Ácido fólico pode mascarar sinais hematológicos da deficiência da vitamina B12, que se não for tratada, pode resultar em danos neurológicos irreversíveis. Ácido fólico também pode interagir adversamente com medicações anticonvulsivantes. Suplementação com Zinco pode reduzir o Cobre, prejudicar as respostas imunes e diminuir os níveis de HDL (colesterol bom).

A toxicidade causada pelo desequilíbrio dos nutrientes é menos provável acontecer quando os nutrientes derivam dos alimentos. A maioria das toxicidades por nutrientes ocorrem devido à suplementação. Muitas vezes as doses ingeridas ultrapassam 25 a 50 vezes o recomendado para as vitaminas C e E, por exemplo. A toxicidade de altas doses de nutrientes como Vitamina A, B6 e D; niacina, ferro, e selênio são bem estabelecidas, ou seja, doses extremamente altas desses nutrientes podem levar a problemas de saúde em vez de trazer benefícios.

Segundo a ADA, comer uma variedade de alimentos é a melhor saída para se obter nutrientes essenciais, mas reconhece que existem aqueles que optam por suplementos, e recomenda a essas pessoas que utilizem suplementos com baixos níveis de nutrientes os quais não devem ultrapassem as RDA (Doses Diárias Recomendadas), visto que tais pessoas também recebem nutrientes provenientes dos alimentos.

por Andréa Karla de Lima Alves

Nutricionista

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