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Shogun Revela Uso De Câmera Lenta E Mudança Tática Para Tomar Cinturão De Lyoto


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Um cartel de lutas perfeito. Nenhuma derrota, a menor porcentagem de golpes recebidos na história do UFC e a imagem de um lutador de artes marciais quase imbatível. Este era Lyoto Machida até encontrar Maurício “Shogun” Rua pela frente. Com uma performance irretocável no UFC 113, no último sábado, o curitibano massacrou o rival e assumiu o trono dos meio-pesados, a categoria mais disputada do MMA atualmente.

CONFIRA AS IMAGENS DO COMBATE

Mas o caminho até o cinturão foi bem complicado para Shogun. Em entrevista ao UOL Esporte, o paranaense falou sobre a preparação até a disputa pelo título e revelou até mesmo a necessidade do uso de câmera lenta para encontrar as fraquezas de Machida antes do combate.

O novo campeão do UFC também comentou sobre o futuro da categoria contra os virtuais desafiantes Rashad Evans e Quinton Jackson, além de dar sua opinião sobre um possível combate contra o principal nome do UFC, Anderson Silva. Confira a entrevista completa:

UOL Esporte - Você surpreendeu ao mudar sua estratégia na luta pelo cinturão. Desta vez, apostou nos socos ao invés dos chutes. Por que alterou seu estilo e até que ponto a mudança te deu confiança antes do combate para vencer?

Shogun: Ter lutado com o Lyoto me fez conhecer melhor o jogo dele e procurar algumas brechas pra tentar decidir a luta, o que não é facil, porque ele é um grande atleta. Para minha primeira luta, estudamos todos os seus combates anteriores. Mas dessa vez focamos o estudo na primeira luta entre mim e ele. Sabia que o Lyoto ia se preocupar muito com os chutes na perna, porque ele os sentiu na primeira luta. Então, notei que ele deixava o rosto desprotegido quando tentava antecipar meus chutes e contra-golpear com seu direto.

Eu e minha equipe estudamos a luta em câmera lenta e notamos alguns detalhes. Apostamos em fintar o chute para entrar com o soco de encontro junto com o movimento do direto dele, para aproveitar o momento da distância certa e do rosto dele desprotegido. Independentemente disso, eu sempre entro confiante no meu potencial e nas estratégias que a gente faz, já que o atleta e a sua equipe tem que sempre falar a mesma língua.

UOL Esporte – Em qual momento da luta você percebeu que ia derrotar o Lyoto?

Shogun: Eu sempre entro com o pensamento de vitória, do começo ao fim, mas no momento que acertei o soco de direita de encontro, e o vi caindo, senti que a luta acabaria ali.

A TÁTICA PELO CINTURÃO E O FUTURO

UOL Esporte - Uma das coisas que o Lyoto falou antes da primeira luta é que a administração da carreira pesou muito depois que ele virou campeão. Ou seja, aumentaram as entrevistas, o assédio, a fama. Você teme que o mesmo também aconteça com você? O que fará para isso não interferir em suas lutas daqui para frente?

Shogun: Não temo isso porque não vou deixar isso subir à cabeça. A gente trabalha a vida inteira pra chegar nesse ponto e tem que estar preparado. Graças a Deus o sucesso chegou muito cedo para mim e com 23 anos eu já tive que me acostumar com assédio, me tornando campeão do mundo no Pride GP. Sempre carreguei cobrança e expectativa das pessoas e acho que já estou acostumado a lidar com isso. Com certeza, agora, o UFC está levando o esporte para um nível ainda mais alto, o que torna tudo maior, mas para isso confio no trabalho do meu “manager”. Juntos vamos saber lidar da melhor forma, afinal, o que me trouxe o sucesso e a fama é ser um lutador, então jamais vou me esquecer das minhas prioridades, que é ser um atleta profissional.

UOL Esporte - As expectativas em torno do seu desempenho irão aumentar depois da vitória avassaladora que você teve sobre o Lyoto. Você já está preparado para essa pressão? Vê isso com algo positivo ou negativo?

Shogun: Como eu disse, já lido com pressão desde sempre. Minha escola me ensinou a lidar com ela e trago isso na minha carreira desde que comecei a me destacar. A gente tem que trabalhar sério e com uma boa equipe para que a pressão não se torne um problema. A confiança no trabalho tem que sempre ser maior do que qualquer pressão. Acho que a cobrança é natural, e a gente tem que saber lidar com ela. Seja um atleta iniciante, ou veterano, subiu no octógono já esta sob pressão, não tem jeito.

UOL Esporte - Seu próximo adversário sairá do vencedor da luta entre o Rashad Evands e o Rampage. Como você analisa os dois lutadores? O Dana White confirmou quando será a data da sua primeira defesa do cinturão?

Shogun: Acredito que muita água ainda pode rolar e é cedo para dizer o que vai acontecer. Não tem data certa pra minha primeira defesa de cinturão e nem estou preocupado com isso agora, até porque o Rashad e o Rampage nem lutaram e nunca se sabe o que vai rolar numa luta. Eu acho ambos dois grandes lutadores e todo mundo sabe que nunca escolhi adversários. Então vamos ver o que acontece e na hora certa eu e meu “manager” vamos conversar com o UFC. Quem o evento e o público quiserem que eu enfrente, será sempre um prazer e um novo desafio. Ouvi boatos também que o Randy Couture gostaria de me desafiar pelo cinturão e se isso for o desejo do evento também aceitaria numa boa, porque ele é um ícone do esporte e gostaria muito de enfrentá-lo antes que ele se aposente. Seria uma honra.

UOL Esporte - Agora vão começar os pedidos por uma luta entre Shogun e Anderson Silva. Como você vê a chance desse combate e o que você poderia fazer para derrotá-lo?

Shogun: Como sempre digo, sou um lutador profissional, então luto com qualquer um que for interessante para o evento e para a minha carreira. Acho o Anderson Silva um grande lutador e acho que para esse combate rolar ou não, não depende de mim, ou dele, mas sim do evento. Toda luta é dura e se um dia essa luta for casada, aí eu me preocupo no que fazer para derrotá-lo. No momento quero curtir um pouco a vitória com minha filha e esposa.

UOL Esporte - Quais lutadores representam a maior ameaça entre os meio-pesados do UFC? Como prevê a disputa para manter o cinturão daqui para frente?

Shogun: Acho a categoria até 93 kg a mais dura e competitiva do UFC, são muitos grandes lutadores, Rampage, Rashad, Minotouro, o próprio Lyoto, Randy Couture, Chuck Liddell, Forrest Griffin, entre tantos outros. Fica até difícil citar nomes. Eu procuro sempre encarar um desafio por vez, e não ficar pensando lá na frente para não perder o foco, então o negócio é trabalhar sério e procurar superar os desafios um a um, sempre respeitando os adversários que são grandes atletas, e confiando no trabalho da minha equipe.

fonte: uol.com.br

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