Treta 'mundial' de jovem no levantamento terra

[Vecchio 4504]

Bom, já que ninguém abriu um tópico sobre o assunto, segue aí, o vídeo.

 

Um piá "dimenor", estava realizando um levantamento terra. Na minha opinião um senhor levantamento terra para sua aparente juventude, qualidade do movimento, número de reps, carga (chuto ali, no mínimo umas 2x3x20 + 2x10 + 2x5 =  210 lbs ~95 kg...) quando vem, cheio da vontade, um manolo que o interrompe a execução. O evento é melhor entendido ao se ver o vídeo.

 

 

Algumas atualizações, já que é uma notícia "quase velha":

• A Buzz Fit Gym, do Canadá, soltou a seguinte nota nas redes sociais:
  • "We are currently investigating this incident between two of our members. The safety of our members remains a priority for us and we will not tolerate this kind of behavior in our centers"
  • Ou seja: "estamos investigando dois de nossos membros. Não toleramos tais atitudes, segurança de nossos membros, blá blá"
• A Internet foi à loucura quando estes "dois membros", na realidade, aparentam ser funcionários de fato da academia.
• E mais: a treta era aparentemente mais um resultado deste novo cenário "marombeiros versus powerlifters", porque o cidadão que interrompeu o piá reclamara anteriormente do "barulho" do impacto das anilhas durante os deadstops
• Jonathan Ciacca é o nome que os detetives de Internet estão dando ao "membro" da Buzz Fit Gym, que além de membro, é de fato um funcionário deles.

 

Fim da notícia (fofoca).

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Minha opinião

 

O que eu sei é que essa porra tem que acabar.  Maromba é maromba, power é power e um instrutor de academia tem de ter, obrigatoriamente, uma flexibilidade para compreender estes dois mundos.

 

Já enjoei de ver piás destruindo o leg press, fazendo 1/4 do movimento pra pagar imagem com grandes cargas e, acada repetição, deixavam bater nos cavaletes de proteção (pra fazer as anilhas chacoalharem e o ruído chamar a atenção "da geral").

 

Já enjoei de ver piás berrando feito gazelas fazendo rosca direta com o personal fazendo a rosca com eles. Sim, claro, com anilhinhas de 2 e 4 kg pra "encher" a barra W (daquelas ocas pra botar mais peso).

 

Mas é só ver um piá, botar a barra no chão, ainda que com colchonete pra não quebrar os azulejos (sim, tem muita gente que aluga espaços pra ter academia e deixam o piso de academia com azulejos...), que o instrutor já larga o celular, já vai ali, com o fazedor de rosca W, pra falarem mal do guri, que "vai destruir a coluna dele".

 

Editado Agosto 4, 2018 às 21:13 por Vecchio
Botei o link da Buzz Fit Gym

[I'llFail 190]

28 minutos atrás, Vecchio disse:

Já enjoei de ver piás berrando feito gazelas fazendo rosca direta com o personal fazendo a rosca com eles. Sim, claro, com anilhinhas de 2 e 4 kg pra "encher" a barra W (daquelas ocas pra botar mais peso).

 

Isso é algo que me tira do sério... tem um onde eu treino, em especial, que grita parecendo estar dando o rabo com 15kg de cada lado no supino

Até entendo o instrutor, porém a abordagem foi estúpida. O moleque simplesmente solta a barra na fase excêntrica, se controlasse isso não aconteceria. O barulho incomoda sim...  Com certeza tá querendo aparecer pra gravação

Editado Agosto 4, 2018 às 21:37 por I'llFail

[Vecchio 4504]

Não se "ganham pontos" numa competição de powerlifting ao se controlar o retorno da barra.

A única exigência é que o atleta acompanhe o retorno da barra, com as mãos nela, isto é, sem largá-la do alto da cintura no chão.

Logo, controlar o retorno da barra ao chão só vai gerar um desgaste físico no praticante e seguramente o número de repetições finais será menor, coisa que o atleta não procura. Eu disse atleta.

 

Em resumo, o movimento do piá não é um levantamento terra voltado ao bodybuilding, que sim, neste caso, busca enfatizar todo o movimento. Aquilo é powerlifting. 

Caso seja desejo comum por parte a maioria dos alunos de uma academia que isso não aconteça, se incomoda, etc, que se ponha no contrato de prestação de serviço tal coisa e pronto.

 

Até colchonete o piá usou.

Editado Agosto 4, 2018 às 21:57 por Vecchio

[CaçadorFantasma 270]

Minha opinião é de que se a academia tem pelo que podemos observar este espaço específico pra execução deste exercício, em que sim é comum soltar a barra e não possui nenhum aviso da proibição desse exercício nesta forma de de execução o moleque não fez nada de errado.

 

O instrutor está todo errado, principalmente por interromper a série enquanto ainda estava sendo executada, correndo sério risco de lesionar o garoto. 

E ele só o fez porque se tratava de um garoto, eu duvido que ele teria sequer abordado caso fosse alguém desse tamanho fazendo o que quer que seja.

 

Benedikt Magnusson 1015 lbs raw deadlift @ Clash of the Titans IV (HD)

 

[Luan Leal 800]

Atitude totalmente errada do "instrutor". Fez isso por se tratar de um garoto, jamais faria com um cara maior que ele.

 

[Vecchio 4504]

Era tão divertido nas décadas de 80 e 90 ir pra uma academia...

 

Não havia essa divisão. Todo mundo queria levantar peso. Uns iam pra torneios de bodybuilding, outros pra power, além daqueles que participavam dos dois, mas todos desafiavam-se pra saber "quem erguia mais".

 

Até que um cara, Jim Stoppani, que tenho quase certeza de que foi o precursor, criou a chamada conexão mente-músculo. Como ele criou uma empresa de coaching, sua ideia precisava ser levada adiante, não importasse se fosse efetivamente comprovada ao longo dos anos. Quase lembrei de outro... um tal de Gary Taubes com sua empresa, mas deixa pra lá, voltemos ao assunto.

 

Foi quando, curiosamente ao mesmo tempo, os recursos ergogênicos multiplicaram-se à n-ésima potência. A coisa persistiu, recebeu um enorme adepto do movimento, Kay Greene com seu famoso vídeo "eu não sou um guindaste" e tudo virou esse troço atual, com guerrinha de um lado e de outro.

 

Enfim, uma pena.

 

E aí, como resultado, uma academia precisa dar a entender que tem tendências, seja ela pro treino com power ou pra maromba, quando ambos os lados iriam se beneficiar enormemente se buscassem troca de conhecimento. Provas: bodybuilding trouxe a IIFYM, o AEJ, técnicas avançadas para uso de ergogênicos. Enquanto isso o power trouxe as técnicas, a periodização, a filmagem do movimento pra aprimorar técnica. 

 

E quantas outras coisas poderíamos estar nos beneficiando hoje em dia se essa babaquice acabasse?

 

 

 

 

Editado Agosto 4, 2018 às 22:18 por Vecchio

[TheKingGamerBr 1840]

Alguém manda o Eric Bugenhagen ir lá hahaha

 

 

[Vecchio 4504]

47 minutos atrás, TheKingGamerBr disse:

Alguém manda o Eric Bugenhagen ir lá hahaha

 

 

 

Precisa levar o mano lá na Planet Fitness. Eles têm um alarme que dispara quando o peso é batido no chão, alguém urra, urfa, sei lá....

 

 

 

E a pérola deles: deixar cair uma caneta na gym:

 

 

 

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Brincadeiras à parte, na Planet Gym, o aluno assina um contrato onde essas bizarrices (bater uma anilha na outra enquanto está carregando o aparelho também) são estabelecidas em termos de compromisso de ambas as partes. Logo, esses caras estão errados ao fazerem isso lá. Mas tá no contrato, pô.  

 

Olhando pelo outro viés, a Planet Fitness é um paraíso pra quem não gosta destas coisas e quer praticar conexão mente-músculo com rosca concentrada de 4 kg.

 

[Batataney 874]

1 hora atrás, Vecchio disse:

quer praticar conexão mente-músculo com rosca concentrada de 4 kg.

kkkkkkk...

 

[VBOL 579]

Tópico massa ! 

 

Achei ridícula a abordagem do fella que já chegou metendo o pé na barra. Podia até ter machucado o mano que tava fazendo o terra. 

 

Mas a realidade é essa. As academias não curtem exercícios mais voltados pro power. Hoje em dia são poucos manos que fazem terra, daí eles estranham. Quando eu faço (ainda mais quando to loco mesmo e taco peso pra bater recorde) no terra, parece que a academia para e todos os instrutores ficam olhando torto e alguns até chegam falando abobrinha. Tem muito preconceito com o powerlifting.

 

O que eu faço hoje pra tentar não criar treta é controlar um pouco a fase excêntrica do terra, só pra não deixar o peso desabar no chão mesmo e incomodar os atoas.