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Centro De Estudos De Gramática Normativa da Língua Portuguesa do Brasil


Minato Namikaze

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Olá,

 

Tópico criado com o intuito de aperfeiçoamento idiomático próprio e domínio sobre a língua portuguesa.

 

Seja para fim de concurso ou para qualquer outra finalidade, escrever e falar bem o próprio idioma nos torna grandes.

 

Aos que se interessarem, vamos compartilhar conhecimentos sobre a Gramática Normativa da Língua Portuguesa do Brasil.

 

Deixo aqui a homenagem de Olavo Bilac ao nosso idioma:

 

Língua portuguesa

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...

 

Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!

 

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

 

em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

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Näo sei se cabe à discussäo, mas para adicionar um detalhe, aqui na Europa (Portugal) cada vez menos os meios de comunicacäo continuam adeptos ao  desacordo ortográfico da língua portuguesa. Jornais como o Público, inclusive em seu site brasileiro, deixam claro que näo adoptam o acordo.

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Isso é interessante, porque está muito relacionado com o desenvolvimento da língua em cada país. Nenhuma das nações lusófonas quer excluir os traços culturais de seu idioma. São muito maiores do que qualquer acordo.

 

Por exemplo, o Brasil queria que Portugal tirasse o "h" de húmido. Seria como nós tirássemos o "h" de homem. São traços culturais que não podem ir embora por questões de unificação.

 

Já deixo aqui minha primeira contribuição, que considero um erro quotidiano de quase todos os falantes

 

  • Regência verbal do verbo "assistir"

 

Quando o verbo é conjugado no modo transitivo direto, significa "prestar assistência", "socorrer", "auxiliar", etc.

ex.: O prefeito assistiu os moradores de rua; o doutor assistiu o paciente.

 

Quando o verbo é conjugado no modo transitivo indireto, significa "presenciar", "visualizar", "comparecer", etc.

ex.: Assisti ao jogo de futebol ontem; assisti à sua apresentação; nós assistimos às aulas.

 

Vocês também podem encontrar o verbo no modo intransitivo (uso bem raro), que tem praticamente o mesmo sentido do verbo conjugado no modo transitivo direto.

ex.: O médico assiste em casa.

Editado por Minato Namikaze
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Eu estudei letras por um ano e foi satisfatório a melhora no linguajar e escrita. 

Posso divulgar com vocês um canal do yt onde um excelente prof se dedica a ensinar o português?, tive boas notas pelas aulas dele indo em total oposto aos prof da faculdade que mais pareciam aprendizes lendo slides.. 

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Em 15/02/2017 at 04:53, Torf disse:

Primeiro brasileiro que leio escrevendo assim. =)

 

 

 

Hahahaha :D.

 

Peguei essa "mania" quando li as obras de Lima Barreto. Ele faz bastante uso dessa expressão.

 

20 horas atrás, Reinero disse:

Eu estudei letras por um ano e foi satisfatório a melhora no linguajar e escrita. 

Posso divulgar com vocês um canal do yt onde um excelente prof se dedica a ensinar o português?, tive boas notas pelas aulas dele indo em total oposto aos prof da faculdade que mais pareciam aprendizes lendo slides.. 

 

Cursou letras com aptidão para qual idioma além do português?

 

Com certeza o canal seria muito bem-vindo. Não hesite em contribuir!

 

 

5 horas atrás, vitorbernardo disse:

Muito boa a iniciativa,pretendo melhorar meu português.

 

quem puder contribuir com materias para o estudo eu fico grato.

 

Que bom que gostou!

 

Se quiser posso recomendar umas gramáticas.

 

Logo vou postar mais coisas.

 

Deixo aqui um exercício de interpretação para vocês.

 

Um poema maravilhoso de Carlos Drummond de Andrade. Chama-se O homem; As Viagens. Coloquei em destaque os trechos para interpretarem.

 

 

 



O homem, bicho da terra tão pequeno
Chateia-se na terra
Lugar de muita miséria e pouca diversão,
Faz um foguete, uma cápsula, um módulo
Toca para a lua
Desce cauteloso na lua
Pisa na lua
Planta bandeirola na lua
Experimenta a lua
Coloniza a lua
Civiliza a lua
Humaniza a lua.

Lua humanizada: tão igual à terra.
O homem chateia-se na lua.
Vamos para marte - ordena a suas máquinas.
Elas obedecem, o homem desce em marte
Pisa em marte
Experimenta
Coloniza
Civiliza
Humaniza marte com engenho e arte.

Marte humanizado, que lugar quadrado.
Vamos a outra parte?
Claro - diz o engenho
Sofisticado e dócil.
Vamos a vênus.
O homem põe o pé em vênus,
Vê o visto - é isto?
Idem
Idem
Idem.

O homem funde a cuca se não for a júpiter
Proclamar justiça junto com injustiça
Repetir a fossa
Repetir o inquieto
Repetitório.

Outros planetas restam para outras colônias.
O espaço todo vira terra-a-terra.
O homem chega ao sol ou dá uma volta
Só para tever?

Não-vê que ele inventa
Roupa insiderável de viver no sol.
Põe o pé e:
Mas que chato é o sol, falso touro
Espanhol domado.

Restam outros sistemas fora
Do solar a col-
Onizar.
Ao acabarem todos
Só resta ao homem
(estará equipado?)
A dificílima dangerosíssima viagem
De si a si mesmo:

Pôr o pé no chão
Do seu coração
Experimentar
Colonizar
Civilizar
Humanizar
O homem
Descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
A perene, insuspeitada alegria
De con-viver.

Editado por Minato Namikaze
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4 horas atrás, Minato Namikaze disse:

Cursou letras com aptidão para qual idioma além do português?

 

 

Português e inglês pela Unicid aqui em são paulo. 

Bom o curso era EAD, continha video aulas, aulas narradas e o material em pdf onde era abordado todo o conteúdo em detalhe, as demais eram apenas um resumo ou alguma citação mais objetiva na base central do estudo. E exatamente nesse ponto que vinha o problema, as videos aulas eram bem fracas e o próprio português dos professores era horrível, dava nervoso de ver a péssima dicção de todos eles. Quando entramos em gramatica eu realmente gostei do estudo, aprender regras, melhorar os aspectos da leitura/escrita foi algo super motivador, e encontrei este canal que vou deixar o link abaixo.. um excelente professor, vale a pena assistir todo conteúdo que ele posta!. Eu cheguei na epoca a montar uma apostila de gramatica só com as aulas dele de forma resumida e pratica pros alunos da faculdade, infelizmente o desemprego me ferro e o nivel da faculdade era muito baixo, acabei perdendo o interesse em ambas bases.

 

 

 

Da uma olhada no canal também, ele dividiu o conteudo em varias partes e esta muito facil de acompanhar. A metodologia dele é otima e se fosse aplicada em sala de aula, muita coisa poderia ser diferente.

 

Bonus - 64 videos.

Spoiler

 

 

Editado por Reinero
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  • 2 semanas depois...

¿O ponto de interrogação invertido?

 

 

Ao contrário do que está implícito aqui, a inversão do ponto de interrogação no início de uma frase não é só característica do espanhol: no português antigo, ou arcaico, também se utilizou. Alexandre Herculano, no seu português vernáculo, ainda chegou a utilizá-lo.

O ponto de interrogação invertido foi comum ao espanhol e ao português. E também não é verdade que a decisão da Real Academia Espanhola introduziu, em 1754, uma “novidade”: pelo contrário, apenas reconheceu e tornou oficial um uso anterior da língua espanhola escrita.

Não sei bem quando se perdeu totalmente o seu uso no português, mas parece que a primeira reforma ortográfica republicana de 1911 é suspeita da sua eliminação. De qualquer modo, muitos literatos do século XIX, como Eça de Queirós ou Camilo Castelo Branco, já não o usavam nos seus manuscritos.

Eu penso que o ponto de interrogação invertido faz todo o sentido. Por exemplo:

“A Ana foi ao baile e a Maria não foi?”

ou

“A Ana foi ao baile ¿e a Maria não foi?”

O sinal “¿” informa o leitor de que vem aí uma interrogação, o que torna a leitura mais compreensível e fluente. E numa altura em que temos um Acordo Ortográfico que determina que cada um escreve como quiser, eu também tenho o direito de adoptar um arcaísmo da língua.

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