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Skops

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Tudo que Skops postou

  1. Existem uns estudos mostrando que quem come um ovo por dia morre menos de causas diversas do que quem não come ovos ou come apenas esporadicamente. É um ótimo alimento, sim.
  2. O mito do sal já foi derrubado há algum tempo?! Olha, na área em que eu atuo eu e os outros colegas continuamos abolindo dietas com sal e ninguém está muito desatualizado. Inclusive, se você prestar atenção no link que você copiou, vai ver que eles falam que a restrição drástica de sódio não é mais preconizada porque, em primeiro lugar, ninguém come menos de 2,3g de sódio por dia nos EUA e, segundo, porque o estudo viu que não tinha benefícios drásticos. Isso não quer dizer que liberaram o sal pra consumo à vontade, que é o que você e o autor desse texto estão querendo dizer. Existe uma muralha separando o que os artigos que vocês postam como referência querem realmente concluir e o que vocês estão colocando como informação! De novo, repito, não há nenhuma recomendação da ciência atual de que o sal possa ser consumido livremente, sem causar males quaisquer. Há sempre um limite, o que muda são os valores de corte. E óbvio que o sal é essencial, acontece que estamos comendo ele excessivamente. --- Certo, de novo peço pra você dar uma olhada na carta do IEM que postei, porque lá há a reunião de opiniões de pesquisadores (inclusive de um dos autores da revisão sistemática que o autor do texto do seu tópico usou como referência) dizendo que o estudo não é válido porque há um viés de seleção! Eu expliquei esse viés de seleção detalhadamente e postei a referência da Cochrane e do IEM no meu post anterior. Se isso não é demonstrar evidência para você, é porque você não tem capacidade de entender metodologia científica. Aí, não sei mais o que fazer pra provar uma opinião. Não, gordura saturada não causa ataque cardíaco. E quem come um ovo por dia morre menos. Não sou caretão, cara, só não concordo com mimimi pseudo-científico. Tem mais balela nesse texto aí, porque ele usou de noticiário pra encher linguiça, mas o que mais me chamou a atenção oi sobre o sal. --- Já que tu jogou links e falou que eu não dou evidência, vou deixar um artigo do jornal com maior nível de evidência científica do mundo concluindo justamente o contrário do que você vem falando. http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0907355 New England Journal of Medicine - Projected Effect of Dietary Salt Reductions on Future Cardiovascular Disease CONCLUSIONS Modest reductions in dietary salt could substantially reduce cardiovascular events and medical costs and should be a public health target.
  3. Se vocês realmente deram uma olhada nas referências, viram que não tem cabimento algumas coisas que o tópico traz. Vamos à pior de todas... Não sei de onde diabos ele tirou que a dieta sem sal não reduz mortalidade ou morbidade, porque isso é simplesmente absurdo. Dei uma olhada nas referências dessa parte e vi, pra começar, que NENHUMA conclui o que ele escreveu no texto. Em nenhuma delas está escrito que definitivamente a redução na ingesta de sal não reduz eventos cardiovasculares. Aliás, o autor do texto tirou essa babaquisse da cabeça porque leu, em algum blogzinho de verão, o bafafá que surgiu quando esse estudo aqui (que ele coloca na referência do texto) foi publicado, que não encontrou evidências consistentes de redução da morbimortalidade cardiovascular após uma redução LEVE a MODERADA da ingesta de sal, em um período médio de observação menor que 10 anos (o que é ridiculamente pouco, falando-se de eventos cardiovasculares). Como os próprios pesquisadores alertaram, não dá pra tirar conclusão nenhuma da meta-análise que foi feita, simplesmente porque ela foi contrária a todas as outras que haviam até agora e pelos motivos que eu antedisse. Além do mais, no mesmo ano que essa porcaria de meta-análise foi publicada na Cochrane, um grupo de pesquisadores reuniu opiniões e mandou uma carta pra própria Cochrane pelo IEM (outro jornal de referência) explicando por que eles chegaram nesse resultado absurdo (que o sal não diminui o número de infartos, derrames, etc.): os pesquisadores fizeram uma meta-análise com sete estudos, sendo que usaram três com pessoas normotensas, dois com hipertensas, um com uma mistura de hipertensos e normotensos e um com pessoas cardiopatas (?!). Esse estudo que continha pessoas com cardiopatias bagunçou tudo, porque pacientes com problemas no coração utilizam diuréticos, que, sem excessão, retiram sódio do corpo. ÓBVIAMENTE não iria fazer bem para elas fazer uma dieta mais restrita ainda em sal: elas já estavam em balanço negativo de sódio! O resultado é que esse grupo contrabalanceou a diminuição da mortalidade e tornou-se um viés. Adivinhem só... quando refizeram os cálculos excluindo esses participantes cardiopatas, a redução na ingesta de sal mostrou redução nos eventos cardiovasculares. Tcharam! Agora, é muito fácil se aproveitar de um mimimi e criar uma corrente de falsas informações pra espalhar por toda internet. Deve-se ler a bibliografia de cada coisa antes de acatá-la. Quer comer sal feito um cavalo, tudo certo, mas não o faça acreditando que é o certo. Pra quem tiver curiosidade e capacidade, deixo a carta abaixo, em dois links. http://download.springer.com/static/pdf/166/art%3A10.1007%2Fs11739-012-0778-9.pdf?originUrl=http%3A%2F%2Flink.springer.com%2Farticle%2F10.1007%2Fs11739-012-0778-9&token2=exp=1445882954~acl=%2Fstatic%2Fpdf%2F166%2Fart%253A10.1007%252Fs11739-012-0778-9.pdf%3ForiginUrl%3Dhttp%3A%2F%2Flink.springer.com%2Farticle%2F10.1007%2Fs11739-012-0778-9*~hmac=a90fea15c13a875e2765cc0eddf0fb5073a51c2034c953902458ca2a2fde2941 http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22467092 E o autor do tópico deveria ter checado antes de postar coisa errada.
  4. Ah, tem vários protocolos que citam vários benefícios diferentes. O próprio EatStopEat o faz, mesmo pregando que o melhor é fazer jejum dois dias da semana em dias alternados...
  5. Tópico bem objetivo, sem texto base ou qualquer enrolação. Você já fez um 48h fasting? Se sim, como foram os resultados? Muito trabalhoso? Já fiz um 36h, mas estou pensando num 48h. Se fizer, vou relatar aqui!
  6. Então, pessoal; há tempos penso em vir aqui escrever sobre a questão de tempo livre e disponibilidade para conciliar a vida profissional e acadêmica com a musculação. Por achar se tratar de um assunto um tanto clichê, não tive a prontidão de fazê-lo até agora. Parei de malhar há um mês justamente pela desculpa de "falta de tempo". Sei que soa um pouco desleixado aos que estão lendo, mas tenho visto que a academia é algo que realmente demanda meu tempo da forma como nenhuma outra atividade -senão os estudos- o faz. Exemplificando, caso eu vá malhar quatro vezes na semana (o que não é nada fora do comum), supondo que eu gaste uma hora em cada treino, devo separar -no mínimo- três horas por dia para a prática. Por quê? Porque desde o momento em que eu chego em casa (por volta das 18h), como alguma coisa, me arrumo, caminho até a academia, malho, volto, tomo banho e preparo mais uma refeição proteica para comer (o que não é muito fácil), se vai muito mais do que o tempo que gasto justamente levantando pesos. O ponto onde quero chegar é que estou cursando medicina e logo vêm os anos finais da faculdade, onde temos de dar plantões, visitar hospitais e estudar nas horas vagas. Eu realmente não gostaria de parar com a musculação, mas não tenho visto outra opção; até porque, além do tempo dedicado ao curso em si, estarei me preparando para a prova de residência, que é mais concorrida que muito vestibular por aí. Como último lampejo -talvez em vão-, vim pedir ajuda pro pessoal. Alguém aqui passa por situação parecida? Como lidam com o caso? Lembro que li algo do Craw69 relatando uma rotina extremamente corrida, mas não consegui achar o link. Demorou muito até conseguirem conciliar uma vida extremamente dinâmica com exercícios e alimentação regrada, da maneira como a maioria aqui está acostumada a seguir? Obrigado, desde já.
  7. Atualmente peso 94kg e meu BF gira em torno de 15%; isso me dá uma quantia de 14kg de gordura corporal. Pretendo perder cerca de 4%, quantia equivalente a, mais ou menos, 5kg. Tais 5kg deveriam ser perdidos, de acordo com o que conhecemos, em 1 mês (uma perda de 1,25kg por semana), com priorização da saúde e da manutenção da musculatura. Entretanto, tenho uma grande viagem marcada para o dia 22 de janeiro, a qual impossibilita a realização de grandes atividades físicas e dietas. Portanto, gostaria de saber se, mantendo o mesmo déficit necessário para a perda de 5kg em 30 dias, juntamente com o uso de um ciclo quinzenal de Clenbuterol, conseguiria atingir a meta em apenas 15 ou 20 dias. Não acho interessante haver um aumento da dose do clenb além do usual feito pela maioria das pessoas, pois pode vir a ser perigoso. Não estou em uso e nem nunca usei nenhum queimador de gordura ou anabolizante. Obrigado, desde já.
  8. O texto é um ponto de vista próprio; ninguém é obrigado a concordar. Uma das coisas que mais ajudam a perder gordura, na minha opinião, é não permitir que o corpo utilize glicogênio hepático como fonte de energia (obviamente), seja porque ele está depletado ou porque é destinado para outros fins que não o energismo sistêmico. Portanto, aeróbicos em jejum são uma das minhas filosofias favoritas, juntamente com um déficit calórico e um consumo diário alto em proteínas e baixo em carboidratos. Mas e o que mais? No pós-treino, a fisiologia banal nos diz que é importante acrescentar carboidratos, tanto para: (1)estimulação insulinêmica quanto para (2) síntese muscular propriamente dita. Acontece que, ao menos pra mim, não há grande coerência nessa afirmativa. Primeiro (1), a proteína do pós-treino por si só já gera um pico de insulina e não é a variação de tempo entre a entrada de aminoácidos na célula muscular determinada pelos diferentes picos de insulina que fará diferença para síntese muscular em quem não é um fisiculturista (e principalmente em quem está querendo perder gordura). Sem falar que, se você fez uma refeição pré-treino decente, vai estar com aminoácidos em abundância na circulação durante o levantamento de pesos, o que já dá início à síntese muscular. Portanto, você não precisa grandemente de uma insulina altíssima no pós-treino. Jogue fora a maltodextrina se deseja perder gordura! Segundo (2), por mais que eu concorde que nós precisamos de carboidratos para recuperação das fibras destruídas no treinamento, não posso admitir que alguém diga que se você não consumir carbos depois de erguer peso vai deixar de ter uma reconstrução muscular decente! O corpo vai priorizar a regeneração a priori da conservação de tecido adiposo; ou seja, ele vai arranjar energia em algum lugar (lê-se glicogênio hepático) para reparar o que foi danificado, e também achará outras fontes para manter o seu metabolismo basal (vai mobilizar gordura do tecido adiposo enquanto o glicogênio hepático também se esgota). Ele só irá parar de fazer tudo isso quando seu Body Fat estiver próximo dos 5%. Traduzindo em miúdos, ficar sem glicose nas seguintes três horas após o treinamento fará com que seu corpo utilize reservas energéticas. OBS.: Isso não deve ser feito pra quem quer tentar "crescer seco" ou "ganhar massa e perder gordura ao mesmo tempo". Serve apenas e exclusivamente pra perder gordura! "Fatores de crescimento tecidual são liberados junto com a insulina (se não me engano, o exemplo mais importante é o IGF-1); ou seja, são liberados no pico insulinêmico pós-treino. Por tal feito é que acho essa técnica de zero-carb no pós treino um tanto quanto rígida; se você almeja tentar um "clean bulk" ou "ganhar massa e perder gordura ao mesmo tempo", jamais deverá zerar carboidratos após erguer peso." Abraços!
  9. E sobre o uso de beta-hcg? Não conheço seus efeitos e o modo correto de usá-la, mas parece ser útil para cuttings extremos por preservar a massa magra e induzir a produção de testo naturalmente. Dê uma pesquisada. Você já fez algum cutting cortando muito as gorduras antes? Tipo, pra mim, em cuttings extremos, sempre dá mais resultado cortar exageradamente apenas os carbos, sem baixar muito o fat. Ajuda, principalmente, na saciedade!
  10. E os compostos de nitrogênio (nitrito, nitrato, etc.), alguém sabe se eles estão presentes nos enlatados? Sei que nos embutidos e defumados, estão!
  11. Mas assim, não se preocupe tanto. Eu mesmo como enlatados todo dia, e acho que não vou morrer com 30 anos por isso. Se puder evitar, evite; caso não puder, deixe pra "largar mão" dos enlatados quando tiver mais de 25 anos.
  12. Faz mal sim. Alguns enlatados possuem ftalato e bisfenol, que são análogos à alguns hormônios humanos e, além de alterarem o metabolismo endócrino, elevam o risco de câncer. Só não sei se o Gomes da Costa e cia. possuem tais compostos. http://www.cbc.ca/news/technology/story/2010/11/08/biphenol-a-roundworm-sterility.html http://www.pnas.org/content/early/2010/11/01/1010386107 http://www.who.int/foodsafety/chem/chemicals/bisphenol_release/en/index.html http://oglobo.globo.com/saude/pesquisa-de-harvard-alerta-que-enlatados-elevam-risco-de-cancer-3305707
  13. Achei algo interessante que cabe ao tópico, por isso vou reviver. É uma tabela feita com vários estudos que mostraram muita diferença entre uma dieta de baixa gordura, baixas calorias e de baixo carbo; as que tinham pouco carboidrato deram muito mais resultado, sendo que muitas nem faziam restrição calórica! http://www.lifetime-weightloss.com/storage/Low-Carb%20vs%20Low-Fat%20Study%20Comparisons.pdf Será que dá pra confiar?
  14. Não, pelo contrário. Na verdade a frase foi mais em relação ao último post do mpcosta do que ao seu. A discussão foi só pra levar o tópico adiante, como eu disse, e pra esclarecer as dúvidas que eu tinha com relação aos assuntos que abordei. Eu nem tenho uma opinião formada pra defender! Achei que a conversa tava tomando um rumo meio rancoroso, por isso resolvi parar. Mas sem mágoas, gosto muito de você e do mp e inclusive acompanhei os seus relatos, principalmente na época em que relatava, junto com o esquimó, uns dias do lixo sinistro de 10.000kcal. Desculpem alguma coisa, mais uma vez.
  15. A glicose é absorvida prontamente em qualquer enterócito, por qualquer receptor nela contido. Inclusive, é um mecanismo de co-transporte com o sódio, que é, portanto, isento de gasto calórico; o próprio gradiente iônico leva os carboidratinhos pra dentro das células. Do outro lado da célula intestinal, a glicose é constantemente jogada pro sangue pelo GluT2, se não me engano. Coligado a isso, ainda há a ação da insulina como sinérgico para o processo; quanto mais insulina, mais carboidratos são absorvidos e jogados para o sangue. As células intestinais nunca ficam "saturadas" de glicose e param de absorvê-la. Já com a proteína, o negócio é bem mais lento. Elas precisam ser quebradas loucamente (assim como os carbos também), até serem reduzidas em mono, di ou tripeptídeos. O processo, ao contrário do que ocorre com o amido, é bem mais complexo; basta checar as condições pra conversão do pepsinogênio, secreção dos mesmos pelas zimogênicas e etc. que você vai ver que não basta ter uma enzima ali que faz o processo todo. Pros açúcares, é só ter a amilase. Além disso, e como fator mais importante, tem-se o fato de que como há uma variedade muito grande de aminoácidos e suas combinações, existem vários tipos de receptores para cada peptídeo formado a partir das proteínas, não sendo apenas um único receptor o responsável pela absorção (como no caso da glicose). Isso torna o processo ainda mais lento e complicado, tendo as moléculas uma grande chance de passarem sem serem "notadas". Basta que a pessoa tenha um trânsito intestinal normal pra que o bolo fecal chegue no intestino grosso, depois de 6-10 horas, com moléculas de proteínas que nem foram digeridas ou que foram mas não chegaram a ser absorvidas. E, por fim, as células do intestino delgado demoram mais pra "jogar" os aminoácidos conjugados no sangue, sendo que podem ficar "saturadas" destes compostos e internalizarem seus receptores, parando de absorver as proteínas da dieta. Pra confirmar na prática tudo isso que eu falei, é só contar o tempo que você demora pra fazer a digestão de carbos (sejam eles complexos ou simples) e comparar com o tempo de digestão das proteínas. A fadiga pós-prandial é muito maior depois de uma refeição rica em proteínas do que depois de uma macarronada, integral ou não. Não tenho fontes, se quiserem contestar vão procurar num livro de fisiologia ou em artigos. Se acharem algum erro, me avisem. E chega de discussão, o tópico pra mim ta encerrado. Ele serviu mais pra criar inimizades do que esclarecer dúvidas. Desculpem.
  16. Mas ainda continua existindo o fato de que as proteínas -ou AAs, como você explicou- que forem destinadas à reparação diária de tecidos não servirem como fonte energética. Segundo o meu livro de fisiologia aqui do GUYTON, consta que um praticante de atividades físicas -principalmente aeróbicos- , com média de 70kg (o que é menos do que a maioria aqui do fórum) tem uma perda de proteínas teciduais por volta de 40g diárias. Perda líquida, nada de degradação para gerar energia. Praticantes de musculação com mais de 70kg, creio eu, chegam às 70g ou mais diariamente. Nessa linha de pensamento, se você consumir apenas carboidratos e atingir o limiar de 600g, tudo o que passar da sua TMB será armazenado. Quando se fala na ingestão de apenas proteínas -também 600g, supondo-, a TMB fica mais alta, pois o indivíduo gasta mais energia para digerir proteínas, para sintetizá-las e, também, usa parte delas para reparar os tecidos diariamente. Sem falar que ela não é tão bem absorvida no intestino como os carbos.
  17. Sei bem como a ciência funciona, sobretudo a respeito de publicações. Não tenho um artigo científico. Mais uma vez, não estou defendendo uma tese, estou perguntando, pois não sei bem no que acreditar. Esse bate boca tá acontecendo só porque quero levar a discussão pra frente e aprofundar um pouco, mas não tenho um ponto a defender. E quanto ao fato de que proteínas levadas aos tecidos serem "armazenadas", mas não gerarem energia depois? A gordura é uma energia potencial, sim; mas proteínas não. Se você comer 10g de proteínas e, em um dia, essas 10g forem destinadas à reparação de tecidos deiscentes (p.ex. células intestinais, orais, da das vias respiratórias, trato urinário, etc.), elas não serão utilizadas para fonte energética. --- E, também, se elas forem destinadas a reparação de fibras musculares que "quebramos" na academia, podem até serem utilizadas como fonte de energia depois, mas nada impede que o corpo quebre a gordura que está armazenada para usar como fonte energética antes mesmo de quebrar esse tecido muscular. Mas aí já é outro ponto... vamos deixar só o que escrevi acima como foco da discussão.
  18. É que há muitas linhas de raciocínio que contestam esse pensamento "lógico". Pra muita gente, perder gordura significa diminuir os carboidratos e aumentar as proteínas, não mexendo nas calorias. Já li tópicos aqui, inclusive de relato, afirmando e indagando que a dieta cetogênica desafia as leis da termodinâmica. Não estou defendendo que cortar carboidratos e manter as calorias resultará em perda de gordura; longe disso! Mas é que esse assunto é um pêndulo na minha cabeça, e nunca consigo chegar a uma conclusão. --- Segundo o que falam, as proteínas que vão para construção muscular ou reparação dos tecidos, que não são poucas, não geram energia, pois não são "degradadas", entendem? É o mesmo caso do tecido adiposo, uma grama de gordura gera 9kcal, mas desde que seja requisitada para tal feito. Quando ingerimos 1g de lipídios e eles são armazenados no tecido adiposo, não geraram energia nenhuma com isso, sendo que eles podem, em pequena quantidade, sofrer o armazenamento mesmo em um déficit calórico (desde que pequeno, claro). Fazendo uma analogia com o tecido protéico, uma proteína que é destinada a reconstruir os tecidos que sofrem danos naturalmente (p.ex. células intestinais que descamam) ou que sofreram dano por força externa (p.ex. quando levantamos pesos na academia), jamais iria ser quebrada para gerar energia. Consequentemente, é errado falar que 1g de toda e qualquer proteína ingerida equivale a 4kcal, que é o que a maioria aqui está afirmando. E então? Desculpem se ofendi alguém com as discussões aqui, não foi a intensão; mas realmente é uma dúvida grande. EDIT.: Coligado a isso tudo, ainda temos o fato de que o corpo não absorve muito bem lipídios e proteínas como o faz com carboidratos. Muitas gramas de proteína -e, em menos quantidade, de gordura- não são absorvidas pelos enterócitos intestinais, simplesmente porque a digestão das mesmas é mais difícil e demorada. Sem falar que não há uma cascata hormonal significativa responsável por auxiliar o feito, como ocorre com os carbos e a insulina quando atuam em conjunto. Outrossim, quando os carboidratos são quebrados e geram glicose, você não sai exalando açúcares pelo suor, pela saliva e pelas fezes. Um pouco da glicose em excesso sai na urina sim, como ocorre nos diabéticos -glicosúria-, mas é uma fração mínima. Já com corpos cetônicos, no caso da quebra excessiva de ácidos graxos, eles são "perdidos" pelo corpo na forma de suor, na urina, na saliva e em muitas outras formas de contato com o meio externo. E, sim, são perdidos em quantidades significantes, o que consequentemente resulta em uma perda significante de moléculas que supostamente iriam gerar energia.
  19. Não é tão óbvio assim, sendo que há bastante gente que discorda. Trecho retirado de um artigo na sessão de "Artigos para Nutrição" do RafaelTwin. E você não sabe ler... Com a mesma linha de raciocínio do último tópico que criei sobre a conversão de proteína em gordura, agora resta a dúvida: para perder gordura,basta diminuir consideravelmente os carboidratos, mantendo as calorias diárias; ou é necessário diminuir a quantidade calórica ingerida? --- Usuários como você estragam esse fórum! É um ótimo lugar pra conteúdo informativo de cunho científico e prático, e esse é o motivo pelo qual o continuo frequentando diariamente. Mas para discussões, é uma droga.
  20. Você responde os tópicos só lendo o título deles? Por favor, me ensine a fazer isso... huhauhueua, brincadeira. Tentei arrumar, mas não dá pra editar o título.
  21. Acho que você não leu... Com a mesma linha de raciocínio do último tópico que criei sobre a conversão de proteína em gordura, agora resta a dúvida: para perder gordura, basta diminuir consideravelmente os carboidratos, mantendo as calorias diárias; ou é necessário diminuir a quantidade calórica ingerida? É outra dúvida frequente que nunca consegui ter um esclarecimento decente. --- Mas enfim, entendi o seu ponto.
  22. Com a mesma linha de raciocínio do último tópico que criei sobre a conversão de proteína em gordura, agora resta a dúvida: para perder gordura, basta diminuir consideravelmente os carboidratos, mantendo as calorias diárias; ou é necessário diminuir a quantidade calórica ingerida? É outra dúvida frequente que nunca consegui ter um esclarecimento decente.
  23. Existem aminoácidos que entram diretamente no ciclo de Krebs sem serem transformados em Acetil-CoA. Por exemplo, a Arginina, Glutamina, Histidina e Prolina são alguns AAs ditos glicogênicos, que podem entrar no ciclo virando Glutamato e, depois, o alfa-cetogluterato lá (ou um nome parecido). Têm outros que entram como Succinil, e etc. A Acetil-CoA por si só não faz parte do ciclo de Krebs, ela só é a porta de entrada, originando o ácido cítrico, que aí sim inicia a volta toda. Por isso também é chamado de Ciclo do Ácido Cítrico. Ou posso estar errado, ahuahuhauua. Mas vamos voltar pro tópico; foi só um bate boca informativo! O que eu quis dizer é que alguns aminoácidos não conseguem entrar no ciclo de Krebs com facilidade, mesmo o fazendo em condições extremas. Isso varia de um AAs para outro, conforme suas estruturas. Se uma proteína é destinada à construção muscular ou reparação dos tecidos, ela pode também gerar energia? --- Até onde eu sei, a proteinúria em níveis consideráveis não ocorre apenas com a ingestão aumentada de proteínas da dieta. Proteínas não são excretadas na urina, a menos que haja um problema com as membranas do glomérulo ou outras anormalidades fisiológicas!
  24. Pois é, Saint, também tenho isso em mente. Mas na verdade o corpo não consegue converter muito bem AAs em lipídeos. No comentário anterior eu falei que apenas alguns aminoácidos conseguem ter o caminho da geração de energia, pois apenas alguns conseguem entrar diretamente naquela porcaria de ciclo de Krebs e originar Acetil-CoA (e não virar glicose, corrigindo o meu comentário anterior). E o que acontece com os outros que não servem para geração de energia? Uma coisa que não me entra na cabeça é alguém dizer que uma proteína que vai virar parte da construção muscular também irá ser energética. Cerca de metade das proteínas que nós ingerimos vão compor a estrutura do nosso corpo que está se desgastando (me corrijam se estiver errado) e mais um pouco vai para cicatrização do músculo que estupramos na academia. Como é que essas moléculas, também, vão gerar ATP ou virar gordura? E outra, se houver um grande excesso de proteínas, elas são excretadas nas fezes, assim como corpos cetônicos são excretados no suor, urina e saliva. Você não vê moléculas de carboidratos sendo jogadas para fora do corpo assim... o organismo não têm a mesma eficácia, em termos de geração energética, com moléculas que não sejam hidratos de carbono. Concordam?
  25. Ok, mas para o pessoal que defende que é possível engordar, quer dizer que o corpo vai transformar aminoacidos em ácido graxo? Até consigo imaginar o processo com aquueles AAs que são facilmente convertidos a glicose, mas e com os demais, de estrutura mais fixa e elaborada?
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