Lancad

Pessoal sei que aqui é um espaço para marombeiros falarem de malhação e coisas do tipo mas o que COLOCO AQUI É MAIS IMPORTANTE E ESTÁ ACIMA DE TUDO Nós, Sevidores Públicos e Trabalhadores, Professores e Funcionários da Escola Municipal Thomas Mann (3ª CRE), vimos por meio desta Carta Pública nos posicionar veementemente CONTRA o retorno das aulas presenciais na Prefeitura do Rio de Janeiro. Como membros da Educação, defensores do conhecimento e da ciência, não podemos abandonar os fatos e nos aliar ao negacionismo da realidade. A pandemia gerada pelo Coronavírus está longe de acabar e não apresenta melhoras significativas em nosso município. Ao contrário do que aconteceu em outros países, o Brasil não fez o dever de casa, e após chegarmos no topo das infecções e óbitos, não começamos a declinar nesses números. Temos, diariamente, uma média de mortes e infecções muito significativa. O mais importante Instituto da América Latina, que trata de ciência e tecnologia em SAÚDE, a FIOCRUZ, que está situada no município do Rio de Janeiro, É TOTALMENTE CONTRA O RETORNO DAS AULAS neste momento da pandemia, conforme nota emitida pelo Instituto no final do mês passado. https://portal.fiocruz.br/noticia /monitoracovid-19-nota- tecnica-alerta-para-riscos-na- volta-aulas https://www.em.com.br/app/n oticia/gerais/2020/08/13/inter na_gerais,1175633/volta-as- aulas-fiocruz-alerta-para-risco- de-agravamento-da- pandemia.shtml O mais incrível é que a Prefeitura do Rio de Janeiro, irresponsavelmente, mesmo tendo a FIOCRUZ como vizinha, nega-se a ouví-la. A irresponsabilidade é tamanha, que nas 24h do dia 17 de agosto (dia em que as aulas poderiam ter sido retomadas), morreram 1352 brasileiros, sendo 162 óbitos só no RJ, ou seja, mais de 10% dos óbitos ocorreram em nosso Estado, e desses 101 ocorreram no Município do RJ. Para além disso, é uma grande mentira dizer que crianças não sofrem com a Covid-19 ou que não podem vir a óbito. Elas, além dos problemas provenientes da doença, atuam como transmissores do vírus, quando o contraem e permanecem assintomáticas, auxiliando na disseminação. Lembramos que, na escola pública, é comum os responsáveis pelas crianças serem os avós, portanto, pessoas idosas e pertencentes ao grupo de risco e possuidores de comorbidades. O aumento dos casos é iminente, pois, a Prefeitura do Rio de Janeiro possui a maior rede de ensino público da América Latina. Isso significa um quantitativo enorme de crianças e funcionários circulando a mais nas ruas e nos transportes coletivos. Informamos que a Prefeitura não apresenta um protocolo aceitável para o retorno das aulas, o qual se adeque a nossa realidade SANITÁRIA e de INFRAESTRUTURA, as quais não condizem com as necessidades BÁSICAS para o retorno das aulas presenciais. Assim como na maioria das escolas municipais, aqui na Escola Municipal Thomas Mann vivenciamos muitas dificuldades, as quais ratificam o perigo do retorno das aulas: *bebedouros coletivos; *salas pequenas, sem janelas e com muitos alunos; *falta de circulação de ar nas salas de aula; *falta de circulação de ar nas escadarias; *falta de circulação de ar no pátio onde as crianças merendam; *falta de circulação de ar nos banheiros; *falta de circulação de ar na cozinha; (ventilação é importantíssimo e não temos sequer janelas que se abram nas salas e nas demais áreas da escola) *necessidade imensa e contínua de material antisséptico em banheiros e áreas comuns; *número reduzido de pessoal de limpeza e cozinha. Diante de todos os fatos citados, e apontando a Ciência como norte para tomada de decisões em DEFESA DA VIDA, nós, abaixo-assinados, Professores e Funcionários da Escola Municipal Thomas Mann, somos CONTRÁRIOS ao retorno das aulas presenciais neste momento.