Eu disse que no futuro não nascerão pessoas deficientes, a genética está avançando no mapeamento do genoma humano, e isto é fato.
Eu descrevi o que ocorria na antiguidade, não fiz nenhum juízo de valor dizendo que era bom ou mau abandonar recém nascidos deficientes a própria sorte. O fato é que antigamente ter um exército capaz e um Estado militarizado como era o caso de Esparta foi fundamental para sobrevivência daquele Estado. Imagine um país cercado de inimigos muito mais numerosos que a população do seu Estado, me diga qual o papel de um deficiente em guerras que são costantes entre estes Estados? Essas sociedades fazem um esforço danado só para sobreviver, na Antiguidade não havia espaço para clemência, um povo inimigo vinha e as vezes arrasava a cidade inteira, matava a todos e escravisava os sobreviventes. As mulheres também tinham pouco valor já que não iam para guerra estavam destinadas apenas a reprodução, e pobre da que não pudesse procriar.
Eu não sei qual é o problema em interpretar algo simples, que ocorreu na nossa história, e se repetiu com diversas sociedades ao longo do tempo.
Será que estamos tão afetadinhos e politicamente corretos hoje, que devemos queimar livros e fontes históricas ?
Digo mais uma vez não emiti nenhum juízo de valor sobre o caso, apenas expliquei que por mais bárbaro e asqueroso que possa ser para nós hoje, no passado essa a questão dos deficientes era bem racional e lógica. Povos antigos não tinham a tecnologia de hoje, o solo ficava improdutivo muito rápido, simples alterações climáticas matavam povos inteiros de fome, e a taxa de mortalidade infantil era altíssima, a de vida baixíssima, a qualquer momento você poderia ser sequestrado, e virar escravo, a posição social era imposta pelo sangue. Só para você entender que o mundo cruel de hoje era fichinha se comparado a antiguidade. Não caia no erro de olhar para o homem do passado com os olhos de hoje.